A viagem de Cristóvão Colombo à América altera profunda e irreversivelmente o panorama político mundial. O contacto com povos até à data desconhecidos revela-se um desafio para pensadores e decisores políticos, promovendo um debate de que ainda hoje podemos colher frutos.
Defendendo princípios de relacionamento entre europeus e os índios da América que preservassem o direito de livre circulação, de livre adesão à fé e de os povos descobertos se governarem a si mesmos, os mestres da escolástica ibérica do século XVI contribuem para a articulação de direitos humanos universais.
Numa primeira fase, será analisada a defesa da legitimidade da soberania dos povos pagãos, de que decorre a política colonial proposta pelo dominicano Francisco de Vitoria, professor de Teologia em Salamanca. De seguida, analisar-se-á a conceção do direito das gentes exposta pelo também teólogo, e catedrático em Coimbra, Francisco Suárez, a qual se encontra na génese do direito internacional.
Estes autores são dois grandes exemplos de como na Península Ibérica se pensaram as relações entre povos fundadas na justiça, no direito natural e na igual dignidade de todos os homens. São princípios, que, então como hoje, orientam a análise política, fundando-a em preceitos universais e intemporais.
Oradores
Professora Leonor Barroso
Professor Luís Moita
- Data: 20 de abril (quarta-feira) às 18:30;
- Conferência presencial no Auditório 1 e via Zoom
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Departamento de Relações Internacionais