A Autónoma recebeu hoje, dia 21 de março, o Professor e Ex Vice-Primeiro ministro Dr. Paulo Portas, orador da conferência TENDÊNCIAS GEOPOLÍTICAS E GEOECONÓMICAS DE UM MUNDO EM MUDANÇA promovida no âmbito de um ciclo de aulas abertas do Professor António Duarte Santos. A intervenção contextualizou os alunos e professores presentes em auditório para os problemas e desafios de um Mundo em mudança e em guerra.
O Professor Doutor António Duarte Santos, contextualizou os atuais desafios de um mundo em mudança:
“A geoeconomia gira em torno de tentativas para entender como as estratégias geopolíticas se relacionam com o mercantilismo globalizante, de bens e serviços, através da reedificação económica do território e do mercado, incluindo imperativos e imaginações geográficas transfronteiriças da globalização. O resultado é uma constelação confusa de conceitos, que levantam grandes questões sobre como os efeitos económicos e as relações internacionais se moldam um com o outro. A geografia das transações económicas e financeiras, simultaneamente fazem e medeiam essas inter-relações. É útil navegar por confusões teóricas na relação entre geopolítica e geoeconomia em termos dialéticos e de evidência empírica. A geoeconomia pode ser usada pela geopolítica para chegar a um acordo entre o desenvolvimento do regionalismo e os efeitos transnacionais associados, ou seja, de governação transnacionais, por vezes, inadiáveis num contexto de graus de liberdade que permitam as relações comerciais. A geoeconomia é, portanto, argumentada para descrever as mudanças localizadas nos imperativos de governação implicadas numa série de desafios económicos bastante quotidianos. A conferência percorreu um exame de estratégias localizadas numa miríade de regiões, num contexto de interdependências económicas globalizadas, que a todos nós nos afetam e que vão adequando o nosso futuro coletivo, que se deseja sustentável, em complementaridade com o ambiente.” O Professor Doutor Duarte Santos referiu ainda que “será através de acordos inter-regionais e intercontinentais, entre o Estado, que rege o território, e o Mercado, que se baseia na liberdade de escolha, que se alcançará um ponto de equilíbrio, com cedências de ambas as partes, para a prevenção de conflitos bélicos.”