Marco Roque de Freitas aborda o lugar das práticas expressivas, designadamente da música, na “construção sonora de uma nação” num contexto pós-colonial – a República Popular de Moçambique – durante a “experiência socialista” entre 1974 e 1994, a partir de três perspetivas interligadas: política cultural, radiodifusão e indústrias da música. Explora, ainda, de que modo como um conjunto de “mudanças” – políticas, culturais e musicais – se coadjuvaram no processo de criação dos valores sonoros de uma nação, sem esquecer o papel de diferentes intervenientes – políticos, decisores culturais, jornalistas, músicos, produtores – na participação e reação a essas mesmas mudanças. São explorados diversos assuntos, tais como a categorização musical, os sistemas de produção fonográfica, o papel da radiodifusão, bem como a relação entre diferentes representações sonoras e os seus diversos contextos político-sociais.

Orador:
Marco Roque de Freitas
Investigador Júnior CEECind (Instituto de Etnomusicologia: Centro de Estudos em Música e Dança – NOVA FCSH)
Professor Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências Músicais (NOVA FCSH)