Apresenta-se uma contribuição para a leitura dos espaços públicos teatrais na Lisboa do século XVII. Estudam-se os Pátios de Comédias com particular relevo para o Pátio das Arcas, o primeiro teatro público permanente da cidade. Acompanham-se as transformações citadinas, fazendo confluir perspectivas arquitectónicas, sociais e económicas para se determinar uma evolução construtiva dos teatros na época. Centrando diferentes dualidades, seja na análise da oposição entre esferas pública e privada, efémero e permanente, intencional e ocasional, estruturas ao ar livre e cobertas, incorporação de classes sociais, entre outras. Sobre o Pátio das Arcas interessou conhecer os fundadores e o rasto que deixaram no meio teatral de Lisboa. Sobre este pátio estabelecemos quatro distintas fases de construção, partilhando propostas de plantas arquitectónicas, divergentes das até agora apresentadas, num contributo para a história da cidade de Lisboa e do teatro em Portugal.
Autora
Raquel Medina Cabeças
Departamento de História, Artes e Humanidades