No âmbito da automação crescente, nomeadamente a sociedade digital de 2030 e futura, compreende cada vez mais dispositivos conectados (IoT), incluindo sensores, veículos, drones aéreos, dados, etc. Enquanto o 5G suporta veículos autónomos, o aumento do número de sensores por veículo requer comunicações de maior velocidade e latências mais baixas. A sociedade e as organizações demandam a inclusão de novos serviços no 6G, como:
- Realidade aumentada e realidade estendida
- Aplicativos com inteligência artificial
- Interações cérebro-computador sem fio
- Serviços holográficos
- A integração de comunicações com localização, mapeamento e controle remoto
- Aplicações emergentes de eHealth
- Veículos autônomos aprimorados
- Suporte mais eficiente de IoT, ou seja, cidades inteligentes e casas inteligentes, suportando um número extremamente alto de dispositivos de baixo consumo de energia
- Suporte de veículos voadores e maior velocidade de mobilidade
O 6G visa também uma maior eficiência energética e estratégias mais eficientes de captação de energia, de forma a aumentar a autonomia dos equipamentos dos utilizadores, apesar das suas aplicações exigentes. Esses novos serviços e recursos a serem suportados pelo 6G continuam a exigir redes mais eficientes, como maior taxa de dados, menor latência, eficiência espectral mais eficiente, maior eficiência energética e capacidade de rede aprimorada
Alguns dos requisitos previstos para 6G incluem:
- Taxa de dados de pico em ambiente estático de pelo menos 1 Tbps (100 vezes maior que 5G)
- Taxa de dados móveis de 1 Gbps (10 vezes maior que 5G)
- Eficiência energética 10 a 100 vezes melhor que 5G
- Eficiência espectral 5 a 10 vezes melhor que 5G Enquanto os requisitos 5G são alcançados com base em ondas milimétricas e massive-MIMO, o 6G deve incorporar novos conceitos, como antenas passivas, ou seja, Reconfigurable Intelligent Surfaces (RIS). Para obter ganhos potenciais (cobertura, cancelamento de interferência, sigilo, eficiência espectral, etc.), há a necessidade de estimar as características do canal, o que é difícil de conseguir com elementos passivos. Recentemente, antenas ativas, como Large Ingelligent Surfaces (LIS), também conhecidas como Ultra Massive MIMO (UL-MIMO) ou como Matrizes de Antenas Extremamente Grandes (ELAA), têm sido utilizadas para alcançar tais desideratos de ganho, mas a complexidade também aumenta. Em termos de bandas de frequência, o 6G é revolucionário, pois inclui as bandas Visible Light Communications (VLC) e Terahertz (100 GHz – 10 THz), permitindo taxas de dados da ordem das Centenas de Gbps. O VLC é uma técnica de comunicação madura adequada para cobertura de curto alcance, embora suscetível a interferências, como do sol. Esta conferência fornecerá uma visão geral das comunicações 6G e além, em termos de rede, serviços e requisitos, enquanto descreve os avanços nas técnicas de transmissão previstas para versões futuras.
Programa:
Moderador:
Mário Marques da Silva – Director of the Department of Engineering and Computer Sciences, Universidade Autónoma de Lisboa
- Transmission Techniques for Future 6G Systems – Mário Marques da Silva (Universidade Autónoma de Lisboa & Instituto de Telecomunicações)
- A Look Beyond Massive MIMO – Working with a Huge Number of Antennas – Rui Dinis (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa & Instituto de Telecomunicações)
- 6G: Vision, Requirements, Technical Challenges, Standardization & Implementations – Shahid Muntaz (Nottingham Trent University)
- Age-aware Green UAV Wireless Networks – Dush Nalin Jayakody (Universidade Lusófona de Lisboa)
Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do Projeto «Refª 2022.03897.PTDC.
Organização
Apoios