História

Diário da República, 2.ª série — N.º 154 — 10 de agosto de 2020. Anúncio nº 180/2020

PROVAS DE INGRESSO

Uma das seguintes provas:

  • 06-Filosofia
  • 11-História
  • 18-Português

Com um curriculum inteiramente renovado e atualizado em 2020, a Licenciatura em História da Universidade Autónoma de Lisboa oferece aos alunos uma formação generalista que contempla as grandes áreas cronológicas (da pré-história ao período contemporâneo), e introduz temas-chave da historiografia atual em vários domínios (história do ambiente, história das ciências e da tecnologia, história das mulheres, historiografias europeias e não-europeias, arqueologia, história da arte, entre outros). Seguindo os preceitos da declaração de Bolonha e pela sólida e consolidada formação adquirida no primeiro ciclo, o licenciado em História pela UAL terá uma possibilidade muito variada no mercado de trabalho: participação em órgãos autárquicos, empresas de natureza cultural, patrimonial, ambiental ou turística, assessoria, museus, bibliotecas, arquivos, imprensa e media, ensino, representação diplomática e política, para além da investigação, esta última a consolidar com a frequência nos outros ciclos de estudos no Departamento em História, Artes e Humanidades da UAL (Mestrado em História e Patrimónios;  Doutoramento em História). O curso da Licenciatura em História da UAL funciona em regime diurno e pós-laboral.

 

 

Plano curricular anterior

    Plano Curricular

    - Roberta Stumpf - Ricardo Seabra

    O trabalho sobre as fontes e os métodos é uma prioridade ao abrir o curso. Identidade do historiador, fontes e sua tipologia, narratividade, texto e leitura serão assim questões a abordar; complementarmente, noções metodológicas serão também facultadas em aula. No quadro de um ano curricular inicial, esperar-se-á um aproveitamento eficaz dos estudantes.

    - Aline Beuvink - Maria Luísa Jacquinet

    Nesta unidade curricular faz-se uma abordagem geral às três grandes civilizações pré-clássicas do Crescente Fértil, cujas características ajudaram a influenciar e a moldar outras da bacia do Mediterrâneo. A matéria lecionada encontra-se dividida em quatro grandes blocos: O Crescente Fértil no seu geral, a Mesopotâmia, o Antigo Egipto e o Levante, articulando-se da melhor forma com outras unidades curriculares, nomeadamente a de Pré-história, as de Civilizações Clássicas e a de Arqueologia.

    - Isabel Carvalho Homem - Adolfo Silveira Martins

    Conhecer e compreender a evolução histórica da Grécia antiga – um passo essencial para a perceção histórica do Ocidente europeu. Apreender conceitos fundamentais no âmbito da cultura política e da vida em coletividade, da natureza dos comportamentos sociais, mas sem perder de vista a individualidade do ser humano, da procura de equilíbrio entre a força da razão e a razão da consciência. Conhecer as progressivas realidades espaciais da Grécia antiga. Conhecer a herança do léxico grego na língua portuguesa

    - Telmo Pereira

    Nesta unidade curricular faz-se uma abordagem geral à pré-história a nível mundial, avançando-se progressivamente para as realidades da Europa, Península Ibérica e Portugal, conforme a informação vai sendo maior, mais rica e mais complexa. A matéria lecionada encontra-se dividida em quatro grandes blocos: Evolução humana, evolução cultural, Pré-história Antiga em Portugal, Pré-história Recente em Portugal, articulando-se da melhor forma com outras unidades curriculares, nomeadamente a de Civilizações do Oriente Antigo e a de Arqueologia.

    - Isabel Carvalho Homem - Ricardo Seabra

    A escrita como preservação da memória. Conhecer a génese e a evolução das escritas (sécs. XV-XVII) e a sua caracterização. Os manuscritos iluminados – articulação entre texto e imagem. Os suportes e os instrumentos da escrita. Conhecer a evolução dos sistemas de abreviaturas. O uso da numeração romana e árabe. Do codex ao livro impresso – os grandes impressores. A desconstrução de um texto: análise do discurso diplomático.

    - Ricardo Seabra

    Esta unidade curricular versa sobre a Idade Média no seu todo: mitos e a sua desconstrução, a sua periodização tripartida e a(s) sociedade(s) medievais. Todavia, será também abordado com particular enfoque o período que dista entre a queda do Império Romano do Ocidente e o do Oriente, nas suas mais variadas vertentes – Latinidade, Cristianismo, Bizâncio, Islão e o Mundo Escandinavo. Dessa maneira, pretende-se traçar o quadro geral da evolução das estruturas políticas, económicas, sociais e institucionais do Ocidente Medieval até às primeiras manifestações da Génese do Estado Moderno.

    - Isabel Carvalho Homem - Adolfo Silveira Martins

    Periodização da história de Roma .Conhecer a história para além dos acontecimentos bélicos: da vitória na guerra ao “triunfo” dos vencedores, que era cerimonial político e mecanismo de ascensão social. Compreender a interação do político-religioso: as práticas divinatórias e o pragmatismo romano. A organização territorial do império: da noção de identidade à sua diversidade e complexa heterogeneidade.  A presença das mulheres na realidade do poder e na vida social. Dos conceitos pagãos (fides, pietas, honor, virtus) aos valores cristãos. A importância do léxico romano na língua portuguesa (neolatina).

    - Graça Almeida Borges - Maria Luísa Jacquinet

    O objetivo desta unidade curricular é compreender o processo de expansão portuguesa no período compreendido entre os séculos XV e XIX. O caso português será analisado no quadro global da expansão europeia, privilegiando-se as interações com outros europeus nos vários espaços ultramarinos, mas também, e sobretudo, com os diversos atores e grupos sociais de outras geografias políticas e culturais com quem os portugueses se encontraram e confrontaram ao longo do processo de construção do seu império.

     

    - Fernando Martins - Maria Helena Macedo

    Esta disciplina visa fornecer aos alunos a compreensibilidade da génese, evolução e consolidação do reino e do poder real em Portugal em tempos medievais, desde os primórdios do condado portucalense até à afirmação da segunda dinastia, numa ampla contextualização política e socioeconómica peninsular e europeia. As diferentes temáticas serão apresentadas pelos docentes em aulas teórico-práticas, cabendo aos alunos aprofundá-las, comentando e interpretando fontes, apresentando leituras críticas de obras e artigos, bem como exposições orais sobre certos pontos do programa.

    - Isabel Carvalho Homem - Ricardo Seabra

    A escrita como preservação da memória. Conhecer a génese e a evolução das escritas (sécs. XV-XVII) e a sua caracterização. Os manuscritos iluminados – articulação entre texto e imagem. Os suportes e os instrumentos da escrita. Conhecer a evolução dos sistemas de abreviaturas. O uso da numeração romana e árabe. Do codex ao livro impresso – os grandes impressores. A desconstrução de um texto: análise do discurso diplomático.

    - Graça Almeida Borges

    O objetivo desta unidade curricular é compreender a evolução dos sistemas políticos e de governança na Europa durante a Época Moderna. Esta análise privilegia uma abordagem comparativa, que tem em conta a diversidade de ritmo e intensidade das transformações sociais e culturais das sociedades europeias entre o período do Renascimento e o século do Iluminismo. As aulas pretendem incrementar hábitos de leitura, reflexão e discussões de textos de referência da historiografia sobre a Europa Moderna.

    - Roberta Stumpf

    A história dos impérios não antecede a história das nações. Ainda que com diferentes configurações, os Impérios sobrevivem na atualidade e/ou o desejo de os reviver.Visões maniqueístas e dicotómicas não ajudam a explicar corretamente as colonizações. Tão importante como reconhecer a violência implícita nas dinâmicas coloniais é perceber, por exemplo, como as trocas culturais influenciaram mutuamente «colonizadores» e «colonizados». Os desmantelamentos dos impérios e os processos de independência coloniais também marcaram a posteridade.

    - Graça Almeida Borges - Fernando Amorim

    A disciplina visa proporcionar uma visão geral das linhas de força que caracterizaram a História de Portugal entre os finais da Idade Média e o início da Contemporânea. Escorando-se amplamente em fontes primárias, cuja análise se pretende fomentar, debruça-se sobre os quadros sociais, políticos, económicos e culturais que definiram o Portugal do Antigo Regime, de que ressumam temas multivariados, desde o Absolutismo régio à filosofia iluminista, da instituição inquisitorial ao mercantilismo económico.

    - Aline Beuvink

    Com esta unidade curricular o aluno ficará habilitado a identificar, interpretar e descrever os marcos fundamentais da arte europeia numa sequência temporal e formalista. Assim, desenvolverá o espírito crítico para um escrutínio qualitativo da produção artística, numa iniciação à leitura e avaliação histórica e estética da obra de arte, entre os períodos da Antiguidade até ao alvor do Renascimento.

    - Helena Pinto

    A unidade curricular de História das Ciências e da Tecnologia apresenta como objetivo principal a compreensão do processo de desenvolvimento da ciência moderna e o seu impacto no mundo ocidental, entre os séculos XV e XX. Além do conhecimento e afirmação dos métodos científicos experimentais e observacionais, será ainda estudado o impacto da ciência aplicada na afirmação dos Estados-Nação, com particular destaque para as Revoluções Industriais e consequentes processos de industrialização.

     

    - Frédéric Vidal

    A unidade curricular História Contemporânea Geral visa apresentar e discutir os grandes temas da história política, social e cultural que permitem compreender os processos de transformação das sociedades europeias, entre o final do século XVIII e a Segunda Guerra Mundial. Os objetivos mais específicos são: entender os debates e confrontos interpretativos produzidos no campo historiográfico, expor opiniões oralmente e por escrito e desenvolver capacidades argumentativas e o espírito crítico.

    - Roberta Stumpf

    A História do Brasil não é apenas a história de um país do presente, pois nela também se incluem o período colonial e o período anterior à colonização portuguesa. Em rigor, só seria uma história nacional se a periodização se iniciasse, quando muito, no final do século XVIII. A sociedade brasileira é uma sociedade plural em múltiplos sentidos e, na maior parte das vezes, esta heterogeneidade é enaltecida. Entretanto, a desigualdade social é, de longe, a sua pior característica. Para compreender o Brasil atual, precisamos estudar a colonização portuguesa, mas não podemos esquecer que depois existiram 200 anos de história de um país independente.

    - Duarte Freitas - João Fialho

    A unidade curricular de História Contemporânea de Portugal visa, como objetivo principal, compreender e interpretar a evolução da História de Portugal nos séculos XIX e XX – da revolução liberal até ao processo de democratização do país –, considerando tanto os aspetos institucionais e políticos como as dimensões sociais e económicas.

    Além da exploração de bibliografia essencial e de fontes de diferentes tipologias, bem como o desenvolvimento de uma metodologia adequada à investigação histórica do referido período cronológico, pretende-se ainda fomentar, nos alunos, o aperfeiçoamento das formas de comunicar no âmbito da disciplina de história contemporânea, através de diferentes meios e com públicos-alvo diferenciados.

    - Aline Beuvink

    Na sequência da metodologia desenvolvida pela unidade curricular História Geral da Arte I, esta disciplina visa o entendimento de que as manifestações artísticas se vêm desenvolvendo entre o indivíduo e a sociedade, enquadradas pelos acontecimentos e transformações religiosas, culturais, sociais, políticas e económicas, como conjuntura que proporciona a criação artística, entre o período cronológico compreendido entre os séculos XVI a XX.

    - Duarte Freitas

    Pretende-se, com a referida unidade curricular, o conhecimento da história geral do continente africano, nos seus diferentes contextos étnicos, sociais, políticos, económicos e culturais. Além do estudo das diferentes estruturas coloniais implantadas nos territórios africanos, com particular destaque para o colonialismo português, serão ainda analisadas as principais conjunturas político-ideológicas e salientados os desafios no período pós-colonial.

    - Frédéric Vidal - Ricardo Seabra

    A unidade curricular de Teoria da História e do Conhecimento Histórico visa dotar os alunos de um panorama onde predomina a ontologia do acontecer histórico e a epistemologia do conhecimento respetivo. Além de aprofundar questões genéricas sobre a finalidade da História e do historiador, analisando ainda os diferentes caminhos da produção historiográfica desde 1945 até à atualidade, pretende-se que os alunos adquiram, com a presente disciplina, uma maior capacidade hermenêutica relativamente a textos de base epistemológica.

    - Helena Pinto

    Esta unidade curricular permite a compreensão das principais características e evolução da arte em território português entre o Românico e o Maneirismo. O aluno poderá, deste modo, obter as competências que lhe permitam classificar as obras de arte de referência estabelecidas no programa, fixando cronologias, identificando o cunho pessoal dos criadores, interpretando os seus conteúdos e respetivas condições de produção.

    - Adolfo Silveira Martins

    Nesta unidade curricular pretende-se que os alunos adquiram o exercício teórico e metodológico adequado ao saber arqueológico no domínio da construção da História. Para isso são ministrados os recursos fundamentais para a identificação, seleção e avaliação das fontes materiais e para o desenvolvimento das técnicas, atitudes e comportamentos alicerçados nos conhecimentos gerais do âmbito das ciências arqueológicas.

    - Graça Almeida Borges

    Esta unidade curricular tem como objetivo a historicização da Ásia, levada a cabo através da análise da evolução e complexidade das sociedades e civilizações asiáticas nos seus contextos continentais e marítimos. Serão privilegiadas as dinâmicas políticas, económicas, culturais e sociais que marcaram a história desta macrorregião, cujas interações se repercutiram, ao longo dos tempos, por todo o globo.

    - Maria Cristina de Melo

    Esta unidade curricular visa adquirir os instrumentos teóricos e metodológicos adequados ao conhecimento da história do ambiente. Tem também por objetivo compreender, numa perspetiva de longa duração e de uma história global, a evolução da relação entre as sociedades humanas e a natureza, e as suas respetivas consequências políticas, económicas e culturais. Visa finalmente apresentar e analisar numa perspetiva histórica os debates contemporâneos sobre a necessidade de adaptação às mudanças climáticas, de preservação dos ecossistemas e da biodiversidade e da sustentabilidade dos recursos naturais

    - Miguel Faria - Aline Beuvink

    Pretende-se que o estudante fique habilitado a identificar, interpretar e descrever os marcos fundamentais da arte portuguesa entre o século XVII e o século XIX e em contexto com a arte europeia. Procurar-se-á criar competências específicas para que o aluno fique preparado para o necessário escrutínio qualitativo da produção artística, numa iniciação à leitura e avaliação histórica e estética da obra de arte.

    - Duarte Freitas

    Com a presente unidade curricular visa-se que os alunos adquiram conhecimentos no âmbito da Empresarial e das Organizações e integrem esta especificidade temática no contexto da História Geral e de Portugal, num período cronológico que abrange as quatro Revoluções Industriais (últimos dois séculos).

    Além da importante distinção entre História Empresarial como ciência (“História da Empresa”) e a História Empresarial aplicada (“História na Empresa), considerando-a como instrumento de gestão estratégia, os alunos da disciplina de História Empresarial e das Organizações serão sensibilizados para a relevância dos arquivos de empresa e da sua preservação, como elementos imprescindíveis para a elaboração da respetiva história.

    - Helena Pinto

    Esta unidade curricular norteia-se por dois objetivos. Primeiro, analisar os efeitos do turismo cultural na reconfiguração socioeconómica e material do património, facultando uma compreensão geral da história do turismo e das práticas turísticas, seja turismo cultural ou patrimonial. Segundo, permitir aos alunos a aquisição de competências, a nível operacional e prático, designadamente, capacidades de gestão e organização, por forma a gizarem um trajeto conceptual de rotas e itinerários turísticos

    - Maria Luísa Jacquinet

    Alinhando-se com os mais recentes paradigmas que enformam os Women’s Studies, e assumindo-se como instrumento teórico passível de enformar uma atitude consciente e crítica no mundo presente a respeito da problemática do género, a disciplina de História das Mulheres procura refletir sobre a condição da mulher no Ocidente, problematizando o estatuto que a História e a Historiografia lhe têm reservado. Considerando o género como construção histórico-social, incide, numa perspetiva diacrónica, sobre quadros de vida assinalados por diversas categorias de diferenciação social (como classe, raça, idade e nacionalidade).

    Seminários
    6 ECTS

    História da Arte

    O seminário procura situar o aluno na diversidade de especializações existentes na área da História da Arte, preparando-o para dominar as metodologias da disciplina, aperfeiçoar a capacidade de tratamento da informação (desde as fontes documentais a iconográficas) até à forma de divulgação do saber. Os alunos são assim inseridos nas linhas de investigação desenvolvidas no Departamento, de forma a integrá-los numa primeira fase de trabalho na investigação em História da Arte.

     

    História do Municipalismo

    No Seminário de História do Municipalismo aborda-se a evolução do poder local desde a sua génese, implantação territorial e consolidação em tempos medievais, num percurso que desembocará na reforma manuelina dos forais. Um primeiro módulo incide no protagonismo dos concelhos no contexto de uma política de conquista e povoamento do território. Um segundo foca-se na evolução do poder municipal nos séculos XIV e XV e analisam-se os perfis sociológicos das elites do poder local, as práticas da governança, a memória, os símbolos e as festividades concelhias, bem como o diálogo dos concelhos com o poder régio em Cortes. Apresentar-se-á, por fim, o quadro de reforma dos forais em tempos de D. Manuel. Num incentivo à investigação privilegia-se a análise crítica e a interpretação de uma variada tipologia documental com vista à elaboração de um trabalho final de investigação.

     

    Geografia Histórica

    No Seminário de Geografia, os objetivos gerais são promover a aprendizagem de técnicas de investigação que articulem a História e a Geografia, através da pesquisa de documentação e bibliografia geográfica histórica, arqueológica, etnográfica, económica e sociológica, para a elaboração de um trabalho pessoal. A Geografia Histórica mostra que a reconstrução das condições geográficas do passado conduz a uma melhor compreensão das atuais. A estreita relação existente entre a Geografia e a História é tão antiga como ambas as Ciências, pois todos os acontecimentos humanos e todas as situações naturais, culturais e políticas do globo estão ligados ao tempo e ao espaço.

     

    Arqueologia

    Nesta unidade curricular faz-se uma abordagem geral à Arqueologia enquanto ciência. A matéria lecionada encontra-se dividida em três grandes blocos: Teoria Arqueológica, Métodos de campo, Métodos de laboratório, articulando-se da melhor forma com outras unidades curriculares, nomeadamente a de Pré-história, a de Civilizações do Oriente Antigo e as de Civilizações Clássicas

     

    História Moderna e Contemporânea

    Carmen Figueiredo

    Fernando Martins

    Maria Cristina de Melo

    Ricardo Seabra