Conferência “Papéis do psicólogo enquanto parte integrante da equipa multidisciplinar de cuidados paliativos” | 5 novembro | 18h30 | ONLINE

5 Nov 2020 - 18:30

A contribuição dos psicólogos nos cuidados em fim de vida podem ocorrer em toda a trajetória da doença, nomeadamente iniciar-se antes da doença, após o diagnóstico, no início dos tratamentos, durante a doença avançada, o processo de morte, e após a morte do paciente, com sobreviventes enlutados.

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A Associação Americana de Psicologia identifica os seguintes quatro papéis principais que os psicólogos desempenham nesta área: Funções Clínicas – tratamento e gestão de problemas de saúde mental associados à aproximação do moment da morte. Apoio aos cuidadores e familiares na facilitação da expressão nas questões de luto e perda e stress traumático. A participação de psicólogos em comités de ética hospitalar, cuidados paliativos e outras equipas multidisciplinares é igualmente importante. Papéis de Educação e Formação – Os psicólogos ensinam as pessoas a compreender a perda, o luto e as diferenças entre a tristeza normal e a depressão clínica no final da vida. Mobilizam conhecimento e informação sobre o planeamento e decisões avançadas de cuidados de saúde (incluindo “testamento vital”) e ensinam mecanismos de coping. Papéis da Investigação – Os psicólogos desempenham papéis fundamentais na condução de investigação sobre questões importantes relevantes para o fim da vida, como a ansiedade da morte; tomada de decisão no fim da vida; cuidados familiares; aspetos psicológicos da gestão da dor e dos sintomas; luto antecipatório e luto. Papel defensor (de advocacia) – Existem inúmeras oportunidades para os psicólogos com a qualidade dos cuidados no final da vida. Muitas vezes doentes em fim de vida e as suas famílias não estão plenamente conscientes de várias opções de cuidados ou não estão totalmente informadas dos benefícios e encargos prováveis destas várias opções. Os psicólogos podem trabalhar com outras profissões de saúde na defesa do desenvolvimento de políticas para garantir que as pessoas saibam que tipo de intervenções e serviços estão à sua disposição. Outras questões a abordar incluem defender mudanças sistémicas nos obstáculos legais e organizacionais aos cuidados de qualidade, defender a discussão contínua de questões de morte nos meios de comunicação social, na comunidade e em reuniões profissionais para superar a relutância da sociedade em abordar estas questões que muitos consideram um tema tabu, e defender cuidados de fim de vida mais equitativos para grupos minoritários.

 

Oradora: Bárbara Antunes
Investigadora Associada na Universidade de Cambridge e Universidade de Coimbra

 

 

Departamento de Psicologia