O Suicídio é um problema de Saúde Pública. Estima-se que se suicida uma pessoa no mundo a cada 40 segundos. Cada suicídio supõe um número de tentativas de suicídio que pode oscilar entre 20 e 40. Perdem-se vidas que não são substituíveis, destroem-se pessoas e famílias. Fica um rasto de destruição na vida dos que vão e nas mentes dos que ficam. Os números são elevados. Os custos são elevados a todos os níveis: individuais, sociais económicos. É uma verdadeira epidemia e atinge todos os grupos sociais e faixas etárias. O suicídio tem sido encarado ao longo do tempo de formas diversas em períodos distintos na História. Na Antiguidade era tolerado; na Idade média proibido; no Renascimento recuperaram-se conceitos da Antiguidade Clássica, e no Ilumisno abriu-se plenamente a discussão. Os séculos XIX e XX trouxeram uma nova atitude que promove a defesa da vida, rejeitando o suicídio e procurando entendê-lo, tal como no século XXI. Os estudos sobre o suicídio atingiram maior protagonismo após o trabalho de Durkheim (1897), e desenvolveu-se significativamente no século XX. Entre as várias técnicas destaca-se a “Técnica de Autópsia Psicológica”, inaugurada por Edwin Scneidman (1971).