No âmbito do habitual ciclo de conferências promovido pelo Professor Doutor António Duarte Santos docente do Departamento de Ciências Económicas Empresariais.
De acordo com a definição que consta no Decreto-Lei n.º 114/2001, a situação de crise energética caracteriza-se pela ocorrência de dificuldades no aprovisionamento ou na distribuição de energia que tornem necessária a aplicação de medidas excepcionais destinadas a garantir os abastecimentos energéticos essenciais à defesa, ao funcionamento do Estado e dos sectores prioritários da economia e à satisfação das necessidades fundamentais da população. Se esta veracidade enuncia o que é uma crise energética, então, em praticamente todo o mundo, estamos confrontados com uma realidade verdadeiramente global. Ela manifesta-se através dos preços relativos da energia elevados, da escassez de combustível, da pobreza relativa crescente das famílias e das economias em desaceleração. Os mercados de energia começaram a comprimir em 2021 devido a uma variedade de fatores, abrangendo a recuperação económica extraordinariamente rápida após a pandemia recente originária na saúde. Mas a situação escalou dramaticamente para uma crise global de energia após o começo do conflito no leste europeu, que teve o seu início há pouco mais de um ano. O preço do gás natural atingiu recordes e, como resultado, a eletricidade também em alguns mercados. Em 2022 os preços do petróleo atingiram o nível mais alto desde 2008. Nesta Conferência o caso português vai ser analisado nas suas origens, nas suas consequências e na sua gestão pelos decisores públicos. Vai mostrar e explicar como iremos lidar com esta crise e com as suas perturbações sociais.
Orador:
Engº Luís Mira Amaral
Engenheiro e Economista